segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Cotas para deficientes

Um depoimento estimulante sobre o sistema de cotas para deficientes.




Lei de Cotas: bem ou mal?

"Acho que a Lei de Cotas é um bem. Por meio 
dela muitos deficientes tiveram a oportunidade 
de complementar seus estudos, ingressar no 
mercado de trabalho e mostrar sua competência. 
Desde criança, em consequência do glaucoma e 
pela necessidade de realizar constantes cirurgias  
(18 ao todo, entre meus seis e vinte anos), não tive 
oportunidade de cursar o ensino regular e, acredito, 
devem existir muitos outros casos semelhantes. Em 
2007, com 36 anos, cursei o ensino fundamental no 
Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de 
Serviços de Saúde de São Paulo (Sinsaudesp), em 
um projeto iniciado para cumprimento da Lei de 
Cotas nos hospitais. Em 2009, pude participar de 
um programa semelhante na Federação Brasileira de 
Bancos (Febraban), onde concluí o ensino médio. 
Paralelamente, realizei vários cursos de capacitação 
na ADEVA (informática, relacionamento interpessoal, 
atendimento ao cliente, postura profissional e como 
ministrar palestras), que atualmente me ajudam no 
desenvolvimento das minhas tarefas profissionais. 
A Lei de Cotas veio abrir as portas das empresas 
para as pessoas com deficiência. Não devemos, 
no entanto, nos acomodar com essa situação, 
mas, sim, buscar o crescimento profissional, com 
dedicação e esforço diário, mostrando que valeu 
a pena o investimento feito pelas empresas. Para 
obter sucesso, é necessário que cada um faça a sua 
parte. Os empresários contratam e as pessoas com 
deficiência mostram que podem fazer a diferença.” 
Leila Alexandrino Batista (40) 
atua como assistente administrativo no Itaú Unibanco.

Fonte: Revista Adeva Nº 57 - out./nov./dez. de 2011 - ANO XII Associação de Deficientes Visuais e Amigos

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