sábado, 11 de fevereiro de 2012

Estimulando a organização e independência dos pequenos

 

Sinto-me muito feliz de ter voltado a salinha do 1º ano do ensino fundamental I este ano, apesar de amar de paixão a educação infantil é desafiador estar numa turma de alfabetização. Começamos o ano com uma acolhida tranquila, as crianças ficaram encantadas ao adentrar na nova sala, tudo novo, diferente do que era na educação infantil, afinal de contas agora eles "são grandes". 
Resolvi que o mais importante nesse momento seria aproveitar a adaptação para reforçar a questão da organização e da independência deles na sala de aula. 
 
Segundo  Maria de Fátima Carneiro, coordenadora da  Equipe de apoios Educativos de Caldas das Taipas, em Portugal, com efeito, é na sala de aula que se desenvolve a maior parte do processo ensino-aprendizagem, processo este que apresenta duas tarefas estruturais: aprendizagem e ordem. A aprendizagem, de natureza individual, concretiza-se através da instrução, tendo por referência um currículo que os alunos devem dominar, persistindo nos seus esforços para aprender.  De acordo com Doyle, “a ordem realiza-se pela função de gestão, isto é, pela organização de grupos na sala, estabelecimento de regras e procedimentos, reagindo ao mau comportamento, monitorizando e ritmando os acontecimentos da sala de aula (Doyle, 1980 citado por Doyle, 1986:395).

Depois de apresentar o espaço para as crianças e explicar a função de cada um deles, enfatizei a importância de mantermos a ordem, a limpeza no ambiente, de cuidarmos de todos os materiais da sala. Durante esta primeira semana as crianças tem demonstrado esforço contínuo para esse fim, sempre que alguém esquece de apagar a luz do banheiro alguém lembra, procuram manter o baú de leitura sempre organizado. 
Nesta última quinta - feira, notei que os jogos da sala estavam misturados, chamei a turma conversei com eles sobre o acontecido e expliquei que é importante manter cada peça no seu lugar, pois assim os jogos não ficarão imcompletos, perdendo a "graça". Expliquei também que cada jogo pertence a um colega e que no final do ano ele será devolvido, portanto temos que cuidar. No outro dia percebi que os meninos não pegaram todos os jogos de uma vez, mas realizaram de fato uma seleção, tirando da estante apenas aquele que os interessava naquele momento. 

O objetivo é que eles possam construir esse senso sem que eu precise interferir a todo momento, adquirindo assim hábitos independentes de organização. 

A matéria publicada por Claudia Razuck em http://www.neteducacao.com.br/acontece/materias-especiais/estimule-a-independencia-das-criancas, reforça a ideia da autonomia como algo imprescindível para seu desenvolvimento.

Trabalhar a autonomia da criança ajudará na sua auto-estima. A fase de tentativas, erros e acertos é um momento importante onde os pais e educadores deverão estar atentos, dando força e incentivo para que ela seja perseverante (outro comportamento extremamente importante, que ela levará por toda a vida!) e não se desanime diante das dificuldades.


Por coincidência após ter concluído meu planejamento para a primeira semana, vi no Fantástico uma reportagem sobre a volta às aulas de um grupo de alunos do 1° ano, uma das questões foi a autonomia que o professor deve estimular no aluno. Muito boa a matéria!





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